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NOSSA ESCOLA

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REFEITÓRIO

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QUADRA ESPORTIVA

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LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

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PÁTIO DA ESCOLA

Papo Cabeça

Através deste espaço abordaremos temas de interesses dos alunos visando orientá-los em situações complicadas que possam enfrentar em suas vidas.

O Adolescente e as relações virtuais

 

A informática é uma ciência moderna, mas já com um alcance muito grande no mundo inteiro, dominando todos os meios de comunicação. Chegará o dia em que não se poderá mais estudar, trabalhar ou mesmo viver em sociedade sem saber manejar um computador.
Este poder avassalador da máquina adentra agora também um antigo objeto de estudo dos psicólogos: as relações humanas. Porém estas são relações diferentes, onde os encontros, namoros, "papos - cabeça”, brincadeiras acontecem apenas no plano do virtual, graças a uma “caixinha de mágicas”, ou melhor dizendo, a Internet, instrumento que torna possível o sonho adolescente de " viajar" para onde quiser, sem o consentimento dos pais, namorando e fazendo amigos. Através deste instrumento mágico, o adolescente pode até mesmo freqüentar "reuniões" altas horas da noite, desrespeitando as convenções estabelecidas sem o medo de uma punição. E, o melhor, protegido sob outra identidade se assim o desejar!
Nas relações virtuais, os jovens podem ser quem desejam ser, experimentar sensações que no real seriam inimagináveis. Podem tornar-se heróis aventureiros, “malucos-belezas” ou a princesa dos contos de fada. E ao mesmo tempo podem ser quem eles realmente são, assumindo seus gostos e atitudes, sem receio do que os amigos possam vir a pensar. Podem até criar um personagem diferente cada vez que navegam nas “ondas da Internet”.
Os adolescentes encontram-se numa fase de transição, onde deixam de ser crianças, mas ainda não são visto como adultos. Esta situação gera dúvidas e angústias, e o sofrimento decorrente disto é normalmente amenizado com a ajuda de fantasias e divagações. Os sonhos ajudam os adolescentes a superar seus períodos críticos e lhes dão força para batalhar pelo que querem, como uma profissão ou um amor. Porém, conforme ficam mais maduros, os adolescentes começam a perceber a realidade de uma outra maneira e a descobrir que o ideal e o real são duas coisas distintas, que dificilmente coincidem uma com a outra.
Nas relações virtuais esta ilusão pode perdurar infinitamente, pois não existe o real, tudo fica restrito a imaginação de quem utiliza a Internet. As adolescentes podem finalmente encontrar o seu príncipe encantado, lindo, romântico, sensível: um rapaz que esteja sempre cheiroso e bem vestido, do jeitinho com que elas sonham. Os rapazes podem virar o aventureiro, o “Indiana Jones, que não tem medo do perigo” ou o Don Juan, que conquista todas as "gatinhas". Mesmo que na realidade tais situações sejam bem diferentes do que parecem ser, isto não terá importância, o que importa é aquele momento vivido na frente de um computador e as palavras impressas na tela.
Cria-se a partir daí a ilusão de um mundo perfeito, onde só há espaço para a amizade, a lealdade e as coisas boas da vida e tudo de ruim fica de fora. Qualquer palavra áspera pode ser “deletada” com o aperto de uma tecla; mesmo os "romances virtuais" não geram tanto sofrimento quando rompidos, pois não implicam nas responsabilidades de um romance real. Por tudo isso, muitos internautas preferem não conhecer aquela outra pessoa, com quem tantas vezes trocaram confidências e dividiram momentos da mais profunda intimidade. Preferem continuar a encontrar-se apenas via Internet, para não "quebrar" a ilusão. Muitos internautas relatam que após conhecerem pessoalmente as pessoas com quem trocavam mensagens sentiram uma mudança no relacionamento e que prefeririam que a amizade continuasse a ser apenas virtual.
O sexo virtual ou cyber-sexo, como costuma ser chamado, é mais uma possibilidade deste tipo de relação. Não inclui, é claro, o contato físico, porém a relação sexual é descrita por cada um dos parceiros, que tentam excitar-se com a conotação erótica das palavras trocadas. Para os adolescentes é confortante a sensação de poderem experimentar esta "transa" diferente, que lhes proporciona a segurança de não gerar filhos, nem doenças sexualmente transmissíveis ou qualquer um dos fatos que costuma adiar a tão sonhada “primeira vez”.
Nesta etapa da vida é normal que o jovem, descobrindo sua sexualidade, teça fantasias acerca do seu objeto de desejo; portanto estas "transas" não constituem motivo de preocupação, desde que funcionem unicamente como uma espécie de preparação, um "treinamento provisório" para o contato físico, fundamental na vida do ser humano.
Observou-se que, ao serem entrevistados, muitos jovens, principalmente os mais velhos, negam a prática do sexo virtual, classificando-o como " frio”, “sem emoção", “um horror”. Porém em algumas entrevistas realizadas através da própria Internet e registradas em livros e revistas, outros tantos confessam já terem feito cyber sexo e apreciado suas sensações. Pode-se dizer então, que mais uma vez, o computador funciona como um facilitador.
Mais do que sexo, o que os freqüentadores da rede desejam é a amizade de alguém; uma pessoa que os "escute" sem tecer críticas a respeito de seus comportamentos, uma espécie de "psicólogo virtual". Querem ter alguém com quem possam dividir magoas e alegrias, sem precisar ter a preocupação de pedir segredos.
Muitas vezes, os adolescentes desejam conversar com alguém com quem possam esclarecer suas dúvidas e trocar experiências, desejam “ter” e “ser” amigos. Entretanto em um mundo como o nosso, em que o progresso avança cada vez mais rápido, obrigando os homens a correrem contra o tempo para conseguirem acompanhá-lo e assim garantir a sua sobrevivência, os adolescentes sentem a falta de alguém que os ampare. Nas relações virtuais, como tudo é “perfeito” e idealizado sempre haverá esse alguém.
Se o jovem conseguir conviver com essas fantasias, sem perder a objetividade do mundo externo, adquirindo ainda informações e experiências através do virtual, então tudo terá valido a pena. Basta que ele compreenda que a fantasia é apenas um complemento da vida, e não a própria vida.

Por:
Danielle Trilles Monticelli
Elaine Christovam de Azevedo
Gláucia Santos
Katia Regina S

fonte: http://avalierealize.blogspot.com.br/2009/10/o-adolescente-e-as-relacoes-virtuais.html

O perigoso flerte com as drogas na adolescência

Na fase em que a curiosidade aproxima o jovem das drogas, o diálogo franco é o melhor caminho para que ele entenda por que dizer "não" .



Ilustrações: Daniella Domingues

 VICENTE* Só pra contrariar

Na minha escola, é proibido fumar, mas todo mundo fuma escondido perto do portão. O pessoal acha legal só porque é proibido. Ficam lá pra pagar de rebelde, pra serem os kras que fazem coisa errada.

DESEJO DE INFRINGIR :Típico da juventude, a necessidade de burlar o proibido pode levar ao consumo de drogas
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"De repente, nosso grupo de amigos se junta e alguém diz 'vamos beber tequila!'. Aí, vai toda a galera. Cada um toma pelo menos um shot (dose). É normal, todo mundo bebe quando sai." A naturalidade com que Sophia*, 15 anos, se refere ao consumo de álcool não é uma exceção entre os jovens brasileiros. Segundo um levantamento do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) com estudantes de escolas públicas com idade entre 10 e 18 anos, 65,2% dos entrevistados já experimentaram bebida alcoólica. Outros 5,9% fumaram maconha e 15,5% usaram solventes, de acetona a lança-perfume. Os números não deixam dúvida: as drogas fazem parte do universo jovem. A relação com elas é constante e, por vezes, ocorre dentro dos muros da escola. Não adianta fingir que o assunto não existe - ou, o que é comum, se livrar dele pela via da expulsão. O tema exige ação.

Mas o que fazer? Pesquisas recentes têm demonstrado que apostar na repressão pura e simples não costuma dar bons resultados. Em vez disso, é melhor compreender a relação dos jovens com as drogas. Entender por que o contato com essas substâncias se intensifica na adolescência é a primeira providência.

De início, é preciso explicar que a atração pelos entorpecentes tem um forte componente biológico. A principal razão é que o chamado sistema inibitório, a área do cérebro responsável pela ponderação das atitudes, ainda está se desenvolvendo durante a adolescência. A dificuldade de dizer "não", por sua vez, abre caminho para o estímulo do sistema dopaminérgico, relacionado à busca de recompensa. As substâncias psicotrópicas agem justamente sobre essa estrutura, influenciando a produção de hormônios responsáveis pela sensação de prazer.

A equação, entretanto, não está completa. Além dos fatores fisiológicos, o ambiente em que os jovens se situam pode aproximá-los das drogas. Mas é um erro acreditar que os de famílias pobres ou "desestruturadas" são os mais propensos ao consumo. Pesquisas apontam que os maiores índices de contato com entorpecentes se dão com adolescentes das camadas médias da população.

O certo é que características típicas da faixa etária (e que independem de classe, gênero e etnia) podem, sim, levar ao consumo. A curiosidade é uma delas. O desejo de transgredir é outra, como mostra a fala de Vicente*, 16 anos (leia o destaque acima). "A proibição é tomada pelos adolescentes como uma posição autoritária, decidida por adultos que não entendem suas condições de vida. Daí vem o embate com as regras", diz Eduardo Ely Mendes Ribeiro, antropólogo e psicanalista da Associação Psicanalítica de Porto Alegre.

Também é necessário ter um olhar atento para distinguir as diferentes relações que a garotada estabelece com as drogas. Muitas vezes, pais e professores tendem a classificar toda relação com entorpecentes como um vício, o que está longe de ser um retrato fiel. Há pelo menos três comportamentos: o uso esporádico (experimentação que acontece uma ou poucas vezes), o abuso (também ocasional, mas excessivo, como a atitude de beber "até cair") e o vício (esse, sim, marcado pelo uso constante. É o menos comum entre os adolescentes).

"Como são múltiplas as razões que levam ao vício - genética, ambiente e o próprio poder da substância -, não há como saber se alguém que experimenta uma droga nunca mais o fará, se fará isso de vez em quando ou sempre", explica Fernanda Gonçalves Moreira, especialista no tema e doutora em Psiquiatria pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Levar os alunos a refletir sobre essa perigosa incerteza, apontando que as consequências são para o resto da vida, é uma das maneiras de incentivar escolhas mais conscientes.

A reflexão, aliás, infelizmente não tem sido a palavra de ordem quando se fala de drogas na escola. Ao investigar o assunto em sua tese de doutorado, Fernanda descobriu que as principais intervenções são campanhas baseadas apenas na criminalização, com pouca ou nenhuma abertura ao debate franco. "Sondagens realizadas em diversos países indicam que medidas como palestras realizadas por agentes de segurança, por exemplo, têm eficácia muito reduzida na inibição ao consumo", observa.